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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

10 perguntas sobre a maçonaria



Um membro do alto escalão da sociedade mais misteriosa de todos os tempos abre o jogo, analisa lendas populares e revela o que é mentira e o que é verdade quando o assunto é maçonaria. Confira e tire suas próprias conclusões!
Texto • Redação




Tida como uma sociedade oculta e misteriosa, a maçonaria vem alimentando a imaginação de curiosos ao longo de séculos. Mas, afinal, o que é verdade e o que é apenas mito quando o assunto é a intrigante ordem maçônica? Segundo seus membros, grande parte do que se ouve dizer é fantasia – os rituais da maçonaria, por exemplo, teriam apenas o objetivo “de aperfeiçoamento moral, intelectual e espiritual do homem” e não estariam ligados a nenhum tipo de prática mágica. Para tirar a dúvida, convocamos o Grão Mestre Alfredo Fernandes, Venerável da Grande Loja Maçônica de Bauru, interior de São Paulo, para desmistificar as principais lendas do imaginário popular em torno da Ordem. Os maçons realmente escondem algum segredo? Será que praticam magia? Descubra.

A maçonaria é uma sociedade secreta.

Mentira. Apesar de ser conhecida como tal, segundo Fernandes, a maçonaria é apenas uma sociedade “discreta”. Ainda segundo o Grão Mestre, não há nada que a difira muito de outras instituições. “Como em qualquer grande empresa, ou em uma reunião de cardeais da igreja, por exemplo, nossos encontros são feitos a portas fechadas e só fica sabendo das decisões que foram tomadas quem participou deles”, explica.

A maçonaria esconde um grande segredo.

Mentira. Para o Venerável Alfredo Fernandes, esta crença não passa de mais uma lenda a respeito da ordem maçônica. “Eu sou grau 33, que é o mais alto que se pode chegar pelo Rito Escocês Antigo e Aceito, o mais usado nesta parte do planeta, e nunca fiquei sabendo de nenhum grande segredo”, diz.

Os maçons praticam rituais satânicos.

Mentira. Ao ouvir a pergunta, Fernandes responde com um sonoro “claro que não”. E prossegue: “É muito comum associarem os maçons a esse tipo de prática, mas isso só acontece porque as pessoas desconhecem os verdadeiros significados de nossos símbolos. O próprio bode, que usualmente é associado a idéias demoníacas, é utilizado na maçonaria apenas para lembrar que todos nós temos características brutas, que precisam ser lapidadas para nos tornarmos melhores. Ser maçom é um contínuo exercício de aperfeiçoamento moral e espiritual”, explica.

Os maçons se consideram iluminados.

Mentira. Para Fernandes, que se considera assim nem sabe o que é ser maçom ou por que entrou na Ordem. “Nós consideramos que a pessoa mais iluminada que existe é Jesus Cristo, no caso desta região do mundo. E, para os que são de outra religião, aceitamos qualquer profeta que porte uma verdade superior”, completa.

A maçonaria está ligada à antiga Ordem dos Templários.

Verdade. De acordo com o Grão Mestre, “recebemos ensinamentos que vêm desses antigos cavaleiros medievais e foram incorporados à moderna maçonaria”, diz. “Isso vem desde a época das Cruzadas”, completa.

A maçonaria tem forte influência sobre a política mundial.

Mentira. “O que acontece é que, como em qualquer instituição, muitos maçons são políticos e acabam participando dessas decisões”, garante Fernandes.

Os maçons estudam práticas mágicas.

Mentira. Entre risos, o Grão Mestre explica que essa é mais uma grande lenda em torno da maçonaria. “A verdade é que todos os nossos conhecimentos envolvem o mundo extrafísico. Nossa sabedoria se relaciona com o espiritual e o moral”, esclarece, lembrando que esse é o motivo por que os maçons são freqüentemente associados ao ocultismo.

Apenas homens podem fazer parte da maçonaria.

Verdade. Fernandes declara que isso faz parte das leis (landmarks) que regem a maçonaria. “Só se pode mudar isso se os landmarks mudarem. Hoje, já existem lojas mistas, mas não são aceitas pelas grandes lojas que determinam os rumos das maçonarias”, conclui.

Os maçons se ajudam mutuamente.

Verdade. É muito comum os membros de uma loja se ajudarem e trabalharem por um bem comum. “Mas é claro que todos têm que fazer a sua parte”, completa o venerável mestre.

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