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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

todos somos escravos



    Ninguém é livre. Todos somos escravos. O que muda é o senhorio. O homem e a mulher, o jovem e o adulto, o crente e o descrente – ninguém faz exatamente o que deseja. Todos agem pela força de impulsos dominantes que se alternam na mente de cada um. Paulo explica esse fenômeno: “A carne deseja o que é contrário ao Espírito e o Espírito o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam”. Gálatas 5.17

    Chama-se de carne a natureza pecaminosa que acompanha e persegue o ser humano desde a queda. Trata-se de uma dificuldade nata que arrasta a pessoa para baixo. Para designar a carne, usa-se, no vocabulário cristão, a expressão “pecado residente”. A literatura secular refere-se ao mesmo problema, com expressões diferentes, embora sinônimas: “o lado ruim”, “o lado animal”, “o lado negro”, “o lado diabólico”, “a parte maldita”, “o fantasma interior” e por ai vai.

    Chama-se de Espírito a terceira pessoa da Santíssima Trindade, o consolador, aquele que Jesus prometeu enviar após sua ascensão João 14.16-18. O Espírito ocupa o coração do pecador que se converte a Jesus e assegura sua salvação. O ministério do Espírito dentro do coração do crente é consolar, santificar, guiar, consolidar a salvação e garanti-la, tornar Jesus cada vez mais conhecido e produzir frutos saudáveis e contrários às obras da carne.

    Por serem assumidamente opostos, a carne e o Espírito contendem entre si. O crente será escravo da carne ou do Espírito. No primeiro caso, ele é chamado de crente carnal; no segundo de crente espiritual I Coríntios 3.1-3Quando carnal, ele se envolve com obras próprias da natureza humana, como inimizades, brigas, inveja, imoralidade sexual etc. Quando espiritual, ele se envolve com frutos próprios do Espírito, como amor, paz bondade, domínio próprio etc. Gálatas 5.19-24.

    Enquanto no Egito, o povo eleito era escravo de Faraó. Os egípcios “os sujeitavam a cruel escravidão. Tornaram-lhes a vida amarga, impondo-lhes a árdua tarefa de preparar o barro e fazer tijolos, e executar todo tipo de trabalho agrícola” Êxodo 1.13-14. Enquanto no deserto e na terra prometida, o mesmo povo eleito era escravo do Senhor. Está escrito: “Os israelitas são escravos do Senhor Deus, que os tirou do Egito; eles não deverão ser vendidos como escravos” Levítico 25.42. A primeira escravidão é opressora; a segunda, libertadora.

    Jesus declarou que “todo aquele que vive pecando é escravo do pecado, mas se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres” João 8.31-36. Todavia, o crente só é livre do pecado quando se torna escravo do Senhor Jesus. Paulo explica que “ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados” Colossenses 1.13-14. Os Cristãos são libertos de um reino “o domínio das trevas” para outro “o domínio da luz”. A escolha que se faz é entre esses dois reinos.

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